SEGURANÇA: Polícia baiana acredita ter evitado guerra entre PCC e Comando da Paz


Com a prisão de José Roberto dos Santos, vulgo 'Zé Roberto', a polícia baiana acredita ter evitado uma guerra entre traficantes da organização criminosa de São Paulo, Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando da Paz (CP), que atua em Salvador. 

O Secretário de Segurança Pública, César Nunes, afirmou que fuzis, metralhadoras e pistolas foram encontrados, na semana passada, em três casas na Região Metropolitana de Salvador e pertenceriam ao PCC. Duas pessoas ligadas ao armamento encontrado foram presas em uma das residências, mas os nomes não foram divulgados. A apreensão das armas indica que haveria um ataque do PCC ao CP em represália à morte de Camila Pedreira Frias e Jean Carlos dos Santos. 

José Roberto, que foi preso em Sergipe no último sábado, 29, foi apresentado pela polícia nesta segunda-feira, 31, no auditório da Secretaria de Segurança Pública (SSP), juntamente com o presidiário Davi Silva, conhecido como 'Gordo', que é detento na Unidade Especial Disciplinar (UED), de segurança máxima, no Complexo Penitenciário do Estado, em Mata Escura. 

De acordo com César Nunes, os dois homens e o comparsa Daniel 'Café' - todos ligados ao CP - arquitetaram a morte de Camila Pedreira Frias, 20 anos, mãe do bebê abandonado em um Ford EcoSport, no condomínio Paralela Park, no último dia 10 de maio. O corpo de Camila foi encontrado em Portão, Lauro de Freitas, no dia 23 deste mês, juntamente com o cadáver de um homem identificado como Jean Carlos dos Santos. A identidade de ambos os corpos foi confirmada. Camila, por identificação datiloscópica e Jean por exames de DNA. A polícia afirma que Camila Pedreira e Jean Carlos vieram de São Paulo (SP) trazer 10 quilos de cocaína do PCC, para José Roberto, que pertence ao CP, pelo valor de R$60 mil. Ao entregar a encomenda, Camila e Jean foram sequestrados por José Roberto e pelo comparsa Daniel Carvalho, mais conhecido como Daniel 'Café', que está foragido. 

José Roberto e Daniel Carvalho ligaram para seus contatos com o PCC se fingindo de policiais e pediram a quantia de R$ 50 mil pela liberdade dos dois, segundo informou a polícia, na coletiva. O dinheiro do resgate teria sido pago pelo grupo aos traficantes da capital baiana. Também participaram da coletiva, o Delegado Geral da Polícia Civil Joselito Bispo, a delegada titular da Delegacia de Homcídios, Francineide Moura, e a Secretária da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Luciana Tannus. Com informações do A Tarde.

Comments (0)

Followers